• Redação - 14/10/2025 09:33 || Atualizado: 14/10/2025 09:36

A Polícia Civil do Piauí prendeu, na manhã desta terça-feira (14), Suelene Pessoa, conhecida como “Sol”, sobrinha e ex-assessora do ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, durante a Operação Gabinete de Ouro, que apura um esquema milionário de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro dentro da Prefeitura de Teresina, na gestão anterior. Além de Sol, foram presos, Marcus Almeida de Moura, Mauro José de Sousa e Rafael Thiago Teixeira Ferreira.

A operação, conduzida pelo Departamento de Combate à Corrupção (DECCOR), cumpriu quatro mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em diversos endereços da capital, incluindo imóveis de luxo e empresas ligadas aos investigados. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores que somam mais de R$ 75 milhões, suspeitos de terem sido adquiridos com dinheiro público desviado.

Segundo a investigação, Suelene Pessoa teria ligação direta com o núcleo que comandava o esquema, conhecido como “Gabinete de Ouro”, responsável por controlar contratações, liberar pagamentos e operar rachadinhas — quando parte do salário de servidores era desviada para os líderes do grupo.

Durante as buscas, foram apreendidos dinheiro em espécie, celulares, notebooks e documentos que reforçam as suspeitas de envolvimento de Suelene e de outros ex-servidores da prefeitura.

De acordo com a delegada Amanda Bezerra, uma das responsáveis pela operação, as provas obtidas até agora apontam para um sofisticado esquema de enriquecimento ilícito, que movimentou cifras milionárias em contratos públicos.

Paralelamente, a Polícia Civil também cumpriu mandados na casa do ex-presidente da Fundação Monsenhor Chaves, Stanley Freire, e em uma empresa no Centro da cidade, dentro da Operação “Interpostos”, que apura crimes semelhantes e tem conexões com o mesmo grupo.

A Polícia Civil segue com as investigações para identificar todos os beneficiários do esquema e o destino dos recursos desviados. Suelene Pessoa e os demais presos foram levados para a sede do DECCOR, onde permanecem à disposição da Justiça.