• Redação - 06/11/2025 10:10 || Atualizado: 06/11/2025 10:13

O governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou nesta quarta-feira (5) que a Operação Carbono Oculto 86 tem como principal meta desmantelar a base financeira das organizações criminosas infiltradas na economia do estado. A ação, deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), resultou na interdição de postos de combustíveis em Teresina e outros 10 municípios.

Segundo o governador, o foco do governo é atacar o fluxo de dinheiro que sustenta o crime organizado.“A principal ação de segurança pública é asfixiar a parte financeira das organizações criminosas. Essa operação reforça o papel da investigação integrada entre forças estaduais e federais para combater o crime não apenas no tráfico, mas também na economia real”, afirmou Rafael Fonteles.

A operação investiga fraudes na comercialização de combustíveis, lavagem de dinheiro e manipulação eletrônica em bombas de abastecimento — esquema que teria ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Em Teresina, equipes da SSP-PI, IMEPI e Delegacia de Crimes contra a Ordem Tributária (DECCOTERC) cumpriram mandados em postos das zonas Sul e Leste. As investigações indicam a existência de um braço financeiro da facção paulista no Piauí, que utilizava empresas de fachada, fundos de investimento e fintechs para ocultar recursos ilícitos.

O Gaeco, o Draco e laboratórios de inteligência financeira acompanham o caso.
Embora não tenham sido realizadas prisões até o momento, os investigadores apontam fortes indícios de envolvimento de empresários e ex-gestores públicos, entre eles o ex-vereador e ex-secretário municipal Victor Linhares (PP).

A Carbono Oculto 86 é um desdobramento de uma investigação federal iniciada em 2025, que revelou um esquema nacional de lavagem de dinheiro e fraudes fiscais no setor de combustíveis, com movimentação ilícita superior a R$ 52 bilhões em todo o país.