• Redação - 22/07/2025 10:43 || Atualizado: 22/07/2025 10:48

Em meio a uma das secas mais severas dos últimos anos, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, anunciou novas medidas para garantir água e renda a famílias de dezenas de municípios atingidos no Piauí e em todo o semiárido nordestino.

Segundo Wellington, o governo federal prevê a instalação de cerca de 56 mil sistemas de captação, armazenamento e tratamento de água em toda a região. O modelo, que já vem sendo implantado na Amazônia, utiliza tecnologias sociais para captar água de córregos ou poços tubulares, tratá-la e torná-la própria para o consumo.

“Este ano foi o que chamamos de um ‘teriço’ no Nordeste. O período inteiro que deveria ter chuva, de janeiro a maio, não teve as chuvas necessárias. É algo muito grave”, alertou o ministro, em entrevista nesta terça-feira (22).

A estratégia combina ajuda humanitária imediata — com distribuição de cestas básicas e transferência de renda para quem perdeu as lavouras — e investimentos estruturantes, como adutoras, cisternas e sistemas de irrigação. Entre as obras em andamento, Wellington citou adutoras nas regiões de Jaicós e Jacobina e a construção de cisternas para captação de água da chuva.

Além disso, o governo aposta em atividades produtivas adaptadas ao clima, como apicultura e criação de caprinos e ovinos. “São culturas e animais que convivem bem com o semiárido, garantindo segurança alimentar e geração de renda”, destacou o ministro.

Para Wellington Dias, as ações integram resposta emergencial e planejamento de longo prazo, ajudando o semiárido a conviver com os efeitos das mudanças climáticas, sem abrir mão da produção local de alimentos.