• Redação - 20/10/2025 10:56 || Atualizado: 20/10/2025 11:00

O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma investigação para apurar um contrato milionário sem licitação firmado entre a Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina e a empresa Medfix Comércio de Produtos Hospitalares Ltda ME, que tinha como um dos sócios um servidor temporário da própria prefeitura.

A apuração, conduzida pelo procurador da República Patrício Noé da Fonseca, foi instaurada em 16 de setembro e mira possíveis irregularidades na contratação da empresa em 25 de fevereiro de 2025, durante a gestão do prefeito Sílvio Mendes. O contrato, assinado pelo então presidente da FMS, Francisco Pádua, previa o fornecimento de órteses e próteses para os setores de neurocirurgia e ortopedia do Hospital de Urgência de Teresina (HUT), no valor de R$ 3,8 milhões.

O MPF identificou que um dos sócios da Medfix, José Wilker da Silva, era técnico em enfermagem com vínculo temporário com a FMS e também atuava no Hospital da Polícia Militar (HPM) — o que representa um possível conflito de interesses. Após a denúncia vir a público, a FMS confirmou o desligamento do servidor.

Além disso, uma vistoria revelou que o endereço cadastrado pela Medfix na Receita Federal, no bairro Marquês, não corresponde à sede da empresa: o imóvel está alugado e atualmente ocupado por uma família sem qualquer ligação com o negócio.

O MPF investiga indícios de irregularidades contratuais, fraude em processo de dispensa de licitação e enriquecimento ilícito.