• Redação - 07/04/2025 10:41 || Atualizado: 07/04/2025 10:49

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) deverá analisar, nos próximos dias, o pedido de habeas corpus da vereadora Tatiana Medeiros, presa na última quinta-feira (3) durante a Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. A parlamentar é suspeita de envolvimento com compra de votos e de integrar uma organização criminosa com atuação política.

O habeas corpus será impetrado por sua defesa e terá relatoria de um juiz eleitoral do TRE-PI — possivelmente o juiz José Maria, que já analisa outro pedido da parlamentar, referente à devolução dos bens apreendidos durante a operação, entre eles R$ 97 mil em dinheiro e aparelhos celulares.

Caso o relator conceda liminarmente a soltura, Tatiana poderá responder em liberdade, mas ainda afastada de suas funções legislativas. A segunda possibilidade é a manutenção da prisão preventiva ou, ainda, a liberdade plena, com a revogação de todas as medidas cautelares — o que permitiria o retorno da vereadora ao cargo na Câmara Municipal de Teresina.

A vereadora foi submetida à audiência de custódia na última sexta-feira (4), ocasião em que o juiz optou por manter sua prisão. Desde então, Tatiana encontra-se custodiada em um alojamento da Polícia Militar, no Quartel do Comando Geral.

Investigados próximos

As investigações da Polícia Federal apontam que o padrasto da vereadora, Stênio Ferreira, seria o operador financeiro do esquema criminoso. Ele foi afastado dos cargos que ocupava na Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). Além dele, o namorado da vereadora, Alandilson Passos, também teve a prisão preventiva decretada. Uma assessora de Tatiana está entre os alvos da operação, que cumpriu ao todo oito mandados judiciais em Teresina e Timon (MA).

Suplente pode assumir

Diante do afastamento da vereadora, o presidente da Câmara Municipal de Teresina, Enzo Samuel (PDT), informou nesta segunda-feira (7) que irá consultar o TRE-PI sobre a possibilidade de convocar o suplente, Leôndidas Júnior, para assumir temporariamente o mandato. Segundo o Regimento Interno da Casa, a substituição só pode ocorrer se o afastamento ultrapassar 60 dias.

O pedido de habeas corpus será encaminhado ao relator, que solicitará parecer do Ministério Público Eleitoral antes de decidir. Caso a liminar não seja concedida de imediato, o mérito do processo será analisado pelo Pleno do TRE-PI, composto por sete magistrados.