• Redação - 25/12/2025 16:16 || Atualizado: 25/12/2025 16:18

A desembargadora Maria das Graças, do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), determinou a prisão de um amplo grupo de agentes públicos e pessoas ligadas à administração municipal de Turilândia, no interior do estado. Entre os alvos da decisão estão o prefeito do município, Paulo Curió (União Brasil), a primeira-dama Eva Curió, a vice-prefeita Tânia Mendes, a ex-prefeita Janaina Lima, o marido dela, Marlon Serrão, além de 11 vereadores e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros.

O prefeito Paulo Curió se entregou à polícia em São Luís na manhã desta quarta-feira (24), após permanecer foragido por dois dias. Segundo o Ministério Público do Maranhão (MP-MA), ao todo, 20 vereadores e um ex-vereador são investigados por integrar um esquema de desvio de recursos públicos no município, embora nem todos tenham tido mandados de prisão expedidos.

Além do prefeito, outros investigados também se apresentaram espontaneamente às autoridades, entre eles a primeira-dama Eva Curió, a ex-vice-prefeita Janaina Lima e seu marido, Marlon Serrão, além do contador da prefeitura. De acordo com o MP-MA, os envolvidos fazem parte de uma organização criminosa estruturada para desviar recursos públicos de Turilândia.

Após a prisão, o prefeito Paulo Curió e a vice-prefeita Tânia Mendes serão encaminhados à Unidade Prisional de Ressocialização de Pedrinhas, em São Luís, onde cumprirão prisão preventiva. Já os vereadores tiveram a prisão preventiva substituída por prisão domiciliar ou monitoramento eletrônico com uso de tornozeleira, medida adotada para evitar a paralisação das atividades administrativas do município. Segundo o promotor Fernando, com o afastamento do prefeito, o presidente da Câmara Municipal deverá assumir o comando do Executivo local.

A operação resultou no cumprimento de 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão em diversos municípios maranhenses, incluindo São Luís, Paço do Lumiar, Santa Helena, Pinheiro, Barreirinhas, Governador Nunes Freire, Vitória do Mearim, Pedro do Rosário, São José de Ribamar e Presidente Sarney. A ação é um desdobramento da Operação Tântalo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) em fevereiro deste ano.

Conforme as investigações conduzidas pelo GAECO, há indícios da prática dos crimes de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro. As irregularidades teriam ocorrido durante a gestão de Paulo Curió, no período compreendido entre 2021 e 2025.