Redação - 21/09/2025 08:47 || Atualizado: 21/09/2025 09:20
Há 27 anos, um crime bárbaro deixou marcas profundas na memória dos piauienses. Na madrugada de 19 de setembro de 1998, o jornalista e candidato a deputado federal Donizetti Adalto foi brutalmente assassinado em Teresina, um episódio que até hoje simboliza a violência política no estado.
Segundo as investigações, Donizetti estava em um carro ao lado do ex-vereador Djalma Filho, apontado pelo Ministério Público como mandante da execução. O plano teria envolvido ao menos dois veículos, entre eles uma Kombi usada em campanhas eleitorais. Foi dela que desceram os executores, que espancaram e atiraram contra o jornalista. Relatos ainda indicam que, para se certificar da morte, um dos agressores desferiu coronhadas contra a vítima.
O assassinato aconteceu em pleno período eleitoral e gerou comoção popular. Mais que um homicídio, o caso trouxe à tona o peso da mistura entre política, poder e violência no Piauí, com investigações que se arrastaram em meio a versões contraditórias, recursos e polêmicas judiciais.
Mesmo com todas as provas reunidas pela Polícia Federal no inquérito e a acusação formal do Ministério Público do Piauí (MPPI), o ex-vereador e advogado Djalma Filho foi absolvido pelo Tribunal Popular do Júri da acusação de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adauto. O caso ficou marcado como o primeiro inquérito da Polícia Federal no Piauí com transcrição minuciosa e riqueza de detalhes, servindo de referência para futuras investigações no estado. O julgamento, realizado no dia 24 de abril de 2022, terminou com a decisão dos jurados pela absolvição, resultado que gerou forte repercussão e dividiu opiniões na sociedade piauiense.